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XIX Festival de Livros e Autores da UFBA
27 - agosto - 2018 | 08:00 - 17:00
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O reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles Pires da Silva, convida para o XIX Festival de Livros e Autores da UFBA, que ocorrerá no dia 27 de agosto de 2018, das 17h às 20h, na Antessala do Gabinete do Reitor, no Palácio da Reitoria, localizado no bairro do Canela, Salvador-Bahia.
Nesta edição do evento, serão lançadas 12 obras e contará com a presença dos autores e organizadores, que estarão disponíveis para sessão de autógrafos, seguida de bate-papo.
Com o objetivo de difundir e promover maior acesso às produções científicas de diferentes áreas do conhecimento, a Editora vai oferecer 40% de desconto nos livros que serão lançados.
Confira os títulos que serão lançados no XIX Festival de Livros e Autores:
“A Bahia na história da educação”
O livro reúne dez artigos que discutem a história de processos políticos, práticas pedagógicas, história de instituições, de representações ou mesmo de sujeitos que compuseram a trama da história da educação na Bahia em períodos distintos, entendendo que ainda existem lacunas a serem preenchidas nesse campo. O estado é detentor de acervos que prenunciam a organização e institucionalização da educação como política no país. Partindo dessa constatação, os organizadores buscam ir além do “contar a história”, contribuindo com a historiografia da educação brasileira através de contextos e particularidades da educação baiana nos processos pedagógicos, modelos de gestão, políticas públicas, formação de professores e práticas institucionais.
“A construção da igualdade: política e identidade homossexual no Brasil da “abertura””
Já considerado um clássico das Ciências Sociais, A construção da igualdade, traz um estudo pioneiro realizado pelo antropólogo Edward MacRae, revisto e ampliado com outros artigos que publicou na época da pesquisa. Pautado nas melhores tradições da antropologia, combinando os papéis de observador e participante, o autor analisa o nascimento, organização, cisão e relativo desfalecimento do movimento homossexual no Brasil nos últimos anos da ditadura militar. Ainda pertinente para entender o protagonismo da militância hoje, o livro lança luzes sobre seus pontos comuns com outros movimentos sociais brasileiros, como o feminista e o negro, que muito inspiraram as práticas e ideias dos ativistas nesses primeiros momentos da luta política LGBT.
“A lenda de Iping”
A obra consiste em um audiolivro e adapta o livro de ficção científica do autor britânico H. G. Wells, The invisible man, de 1897, apresentando Dr. Griffin, um cientista obcecado em encontrar a fórmula da invisibilidade que perde vários anos de sua vida nessa busca incessante. O audiolivro foi traduzido do inglês para o português pelo grupo de pesquisa Tradução, Processo de Criação e Mídias Sonoras (PRO.SOM) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), sendo roteirizada e atualizada para os dias de hoje, encontrando-se acessível em diversos formatos: como o roteiro impresso, uma versão interpretada por atores e outra em PDF, preparada especialmente para os deficientes visuais.
“As inquietações do texto e do discurso: interpelações, debates e embates”
Esta obra traz para o leitor reflexões sobre o texto e o discurso, abrindo espaço para geração de sentidos. Nos artigos apresentados, estão disponíveis interpelações teóricas, debates e embates sobre acontecimentos que, materializados no texto, tornam-se objeto de análise. Este livro tem por objetivo dialogar com os estudiosos das áreas de texto e do discurso, promovendo uma discussão de temas de relevância para as referidas áreas.
“Ateliê didático: uma abordagem criativa na formação continuada de docentes universitários”
Observando lacunas didático-pedagógicas na formação e no ofício dos docentes universitários, as organizadoras propõem nesta obra caminhos para uma formação continuada desses profissionais. A maior parte dos professores universitários não recebe o preparo adequado para atuar na sala de aula e não tem condições de atender aos anseios dos estudantes, que, muitas vezes, acabam por frustrar-se e evadir do ensino superior. Para as organizadoras, a mudança desse quadro deve ter como pilares a epistemologia da prática, mudança de paradigmas a partir dos saberes da experiência, e a dimensão sensível, utilização das linguagens lúdicas e artísticas no ambiente de construção do conhecimento.
“Comunicação e saúde: perspectivas contemporâneas”
A obra reúne pesquisadores e pesquisadoras de nações lusófonas, oriundos de diferentes instituições e áreas do conhecimento, que se debruçam sobre as relações entre comunicação e saúde no mundo contemporâneo. São discutidos o enquadramento e a cobertura de questões relativas à saúde nos meios de comunicação; a utilização da comunicação como recurso educativo e de divulgação; e a influência das tecnologias de comunicação sobre os enfermos e profissionais da saúde. As organizadoras apostam na inter/multidisciplinaridade para trabalhar a relação entre saúde e comunicação, defendendo que esta deve ser aproveitada em favor do desenvolvimento e disseminação das práticas de saúde, mantendo o olhar crítico sobre as inovações técnicas e metodológicas
“Encruzilhadas fotográficas de Marcel Gautherot: quando o corpo na capoeira é festa e labuta 1940 –1960”
A partir de fotografias inéditas do francês Marcel Gautherot retratando as rodas de capoeira da Bahia dos anos 1940 e 1950, o autor discorre sobre essa manifestação cultural de raízes africanas investigando o seu lugar naquele contexto. É a dimensão simbólica dos corpos que gingam na roda, sua linguagem, seus enunciados e suas narrativas que se destacam. Quem eram as pessoas, espaços e situações retratadas nas imagens? Qual era a força que mantinha os seus praticantes resistentes frente a toda repressão sofrida? Os ritos e a ancestralidade carregados pela capoeira são reconhecidos pelo seu valor estético, ético e político.
“Interculturalidade: formação de professores de espanhol”
Dividido em três partes que abordam diferentes perspectivas do ensino de línguas estrangeiras, principalmente a espanhola, este livro oferece aos professores atuantes e em formação um entendimento crítico e engajado do ensino dessas disciplinas na contemporaneidade. “A formação de professores interculturais”, “As identidades socioculturais envolvidas na aprendizagem da língua” e “A voz do professor e do autor no material didático” são os três eixos temáticos desta reunião de artigos e ensaios. Podemos dizer que estes compartilham da crença no poder emancipador da educação. O ensino da língua estrangeira é visto como uma potencial reação contra os muros e guetos que se erguem, nos fazendo lembrar de um “passado de triste memória”. Acima de tudo, os pontos de vista reunidos no livro convergem para a ideia de que a língua estrangeira, seu ensino e seu aprendizado representam a aceitação da alteridade e da diversidade cultural.
“Livros didáticos e algumas histórias: teorias modernas da matemática”
Esta obra visa compreender historicamente o processo de formação dos professores de matemática e os saberes envolvidos nessa formação. Trata-se, portanto, de pesquisas feitas para uma reflexão mais aprofundada da identidade cultural, social, política e econômica do ensino de matemática que é institucionalizado hodiernamente no Brasil. De modo especifico, essas investigações podem trazer mais elementos para compreender o processo de profissionalização dos professores que ensinaram matemática nos vários contextos baianos, seja no âmbito do ensino secundário e do superior ou ainda, bem mais recentemente, no âmbito do ensino primário.
“Novos aportes educacionais: relatos de experiências no município de Jeremoabo”
Nos capítulos deste livro, encontram-se os relatos de experiências das intervenções realizadas na Rede Municipal de Educação de Jeremoabo, na Bahia. Através de uma parceria entre a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Prefeitura de Jeremoabo, foi possível constatar a necessidade de oferecer apoio formativo aos professores da rede, de modo que estes pudessem vislumbrar novas formas de lidar com o baixo desempenho dos alunos. Trata-se de ações de desenvolvimento profissional dos professores da rede, de produção de materiais ou de projetos que envolveram várias escolas. Por conseguinte, não se trata de textos acadêmicos escritos para pesquisadores, mas, pelo contrário, são textos produzidos como um lugar de discussão com outros professores. Assim, o livro busca, especialmente, oportunizar novos aportes teóricos e práticas capazes de questionar o fazer pedagógico e, dessa forma, viabilizar outros caminhos possíveis para os alunos que, por algum motivo, não conseguiam obter uma relação satisfatória com a sua aprendizagem.
“Pensamento insurgente: direito à alteridade, comunicação e educação”
Neste livro estão reunidos textos que pertencem a outro território teórico distinto da chamada “ideologia dominante”. Em seu conjunto, eles integram um pensamento novo, um modo de perceber a realidade envolvente para além dos paradigmas neocoloniais. Há alguns anos esse novo modo de pensar vem se estruturando em meio à crise da modernidade eurocêntrica; isto é, das ideologias, seus valores e suas ilusões. Em todos os textos há uma abordagem que aponta para novas perspectivas que vão fazer emergir a alteridade de culturas e civilizações.
“Samora Machel: retórica política e independência em Moçambique”
Realizando uma análise interdisciplinar, os autores mostram como Samora Machel, liderança da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), se utilizou da retórica e das intervenções públicas para fazer avançar o seu projeto político. Em 1975, ano em que se passam os eventos discutidos no livro, o país africano encontrava-se gravemente dividido racial, social e politicamente, daí vinha uma urgente necessidade de unidade. Os autores dissecam os discursos de Machel partindo do princípio de que estes estão sempre imbricados numa dinâmica de poder. Os discursos do líder moçambiquenho são reproduzidos com ajustes minimalistas: a pontuação inserida é apenas o necessário para dividir o ato contínuo de fala. Coloquialismos, hesitações e interjeições são preservados, dando fidedignidade ao que se lê em relação ao que foi falado. O que se tem ao final é um verdadeiro tratado sobre a política linguística.