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A sobrevivência da Tropicália no presente
5 - março - 2015 | 14:00 - 17:00
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O Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPLitCult/UFBA) convida para a defesa de dissertação da mestranda Paula Oliveira Campos Augusto, intitulada A sobrevivência do Tropicalismo no presente. A pesquisa foi orientada pela Profª Drª. Rachel Esteves Lima (UFBA) e será avaliada pelo Prof. Dr. Wander Melo Miranda (UFMG), como examinador externo, e pela Profª Drª. Cássia Lopes (UFBA), como examinadora interna. A apresentação será realizada no dia 05/03 (quinta-feira), às 14h, na Sala 01 do Instituto de Letras da UFBA.
Resumo: A pesquisa tem como objetivo analisar a sobrevivência da Tropicália, buscando compreender de que modo ela se ressignifica na contemporaneidade. Parte-se da explanação do contexto histórico no qual o movimento tropicalista emerge, apresentando, em seguida, uma revisão bibliográfica das principais leituras críticas sobre o movimento, produzidas no período de sua eclosão. Após essa etapa inicial, são abordadas as inserções da Tropicália no presente e algumas releituras realizadas sobre ela. Primeiramente, trata-se da atualização dessa manifestação artística e cultural brasileira no campo da política, mais especificamente durante o Ministério da Cultura de Gilberto Gil. Posteriormente, realiza-se um estudo sobre duas polêmicas envolvendo a Tropicália: a primeira, entre o crítico literário Roberto Schwarz e o músico Caetano Veloso, ocorrida em 2012; e, a segunda, deflagrada pela publicação do artigo do artista plástico, escritor e ensaísta Nuno Ramos, intitulado “Suspeito que estamos…”, na Folha de S. Paulo, em 2014. Por último, empreende-se a análise da tese de Tom Zé sobre a Tropicália, presente em seu disco Tropicália lixo lógico, lançado em 2012, a partir da noção de reciclagem cultural. Conclui-se que a Tropicália, adquirindo desde seu início uma instabilidade semântica e uma multiplicidade de usos, se desprende de sua conceitualização como movimento e assume sentidos inconclusos. A Tropicália passa, então, a ser compreendida como signo sempre em devir, nutrido pela existência de uma trama de interpretações, dentre as quais destacamos as de três de seus principais integrantes: Gilberto Gil, Caetano Veloso e Tom Zé.