O ensino de Biologia pode ser um aliado no combate à violação dos direitos humanos e valorização da voz dos marginalizados? O livro “Conteúdos Cordiais: Biologia Humanizada para uma escola sem mordaça”, organizado por Pedro Teixeira, Roberto Dalmo e Glória Queiroz, apresenta uma coletânea de propostas educativas voltados a esse objetivo. Venham ao Café Científico conversar sobre razões, perspectivas e caminhos para que articulemos conteúdos curriculares da Biologia com os objetivos de uma educação anti-opressiva, promotora dos direitos humanos e do empoderamento de grupos subalternizados, a exemplo de negros, negras, mulheres e LGBTQAI.

Estamos vivendo um período em que as conquistas pela ampliação dos direitos humanos a grupos vulneráveis e historicamente subalternizados têm sofrido graves ameaças. Em um clima político e social de ódio ao “outro-diferente”, que dá lugar ao acirramento de comportamentos discriminatórios e ao agravamento das assimetrias sociais, mais que nunca, é preciso refletirmos sobre o papel que o conhecimento da Biologia e das Ciências Naturais em geral, pode desempenhar nos discursos, práticas e políticas de (in)justiça social. A responsabilidade da Biologia no desenvolvimento histórico do conceito de raça, na construção de discursos de naturalização das desigualdades entre homens e mulheres, na designação de estereótipos de gênero e no controle e disciplinamento dos corpos são alguns dos caminhos para entendermos o papel que o discurso e a prática das Ciências Biológicas e Biomédicas têm desempenhado historicamente na construção dos outros-diferentes, na manutenção de poder de uns, e na opressão e silenciamento de outros. Problematizar esses discursos e práticas de maneira articulada com a abordagem de conteúdos curriculares do Ensino de Biologia é uma das vias para contribuirmos para uma educação anti-opressiva, promotora dos direitos humanos e do empoderamento de grupos subalternizados, a exemplo de negros, negras, mulheres e LGBTQAI.  O livro “Conteúdos Cordiais: Biologia Humanizada para uma escola sem mordaça”, organizado por Pedro Teixeira, Roberto Dalmo e Glória Queiroz, nos apresenta propostas de como fazer essa articulação a partir da noção de “conteúdos cordiais”, inspirada na ética da razão cordial da filósofa espanhola Adela Cortina.

O QUE?  Racismo, Sexismo e LGBTFobia: pode o Ensino de Biologia combatê-los?

 Lançamento do livro “Conteúdos Cordiais: Biologia Humanizada para uma escola sem mordaça”

 Intervenção artística: Sarau da Jaca, Juventude Ativista de Cajazeiras

QUANDO?

24 de Maio de 2019 (Sexta-Feira)

A QUE HORAS?

18:30 HORAS

ONDE?

Mercadão.cc, Rua Guedes Cabral, 20 – Rio Vermelho, Salvador-BA, quase em frente à Paróquia de Sant’Ana.

COM QUEM?

Claudia Sepulveda (Departamento de Educação, Universidade Estadual de Feira de Santana)

Ayane Paiva (Grupo Colaborativo de Pesquisa em Ensino de Ciências, Universidade Estadual de Feira de Santana)

Rosiléia Oliveira de Almeida (Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia)

Roberto Dalmo Varallo Lima de Oliveira (Universidade Federal de Uberlândia)

Marcos Paulo (Juventude ativista de Cajazeiras)

Grazi Drew (Juventude ativista de Cajazeiras)

Thomas Gael Ferreira (Juventude ativista de Cajazeiras)

Assista Cafés Científicos anteriores online: https://www.youtube.com/channel/UC35M_a1NP8fgsiXLiOL96yg

O evento é inteiramente gratuito e não necessita de inscrição.

Para mais informações, ligue 71 3283-6568.