O Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEFHBio) iniciará seu ciclo de seminários neste mês de junho!

No dia 13/06/2023 às 10:00 horas (BRT), Ana Teixeira de Melo (CES, Universidade de Coimbra, Portugal) & Leo Caves (Pesquisador independente) nos contarão mais sobre como desenvolver ambientes potentes para a produção de conhecimentos complexos.

O LEFHBio é vinculado ao Instituto de Biologia/Universidade Federal da Bahia e ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução, e desde 2022 iniciou a realização de seu ciclo de seminários com convidados que vêm tanto de ambientes acadêmicos quanto de uma diversidade de ambientes.

O QUE:

Evento do Ciclo de Seminários do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEFHBio)

TÍTULO:

Ambient-Ações: Ambientes epistemicamente potentes para conhecimentos complexos

PALESTRANTES:

Ana Teixeira de Melo (CES, Universidade de Coimbra, Portugal) & Leo Caves (Pesquisador independente)

Língua usada na palestra: Inglês

QUANDO:

13/06/2023, às 10:00 AM BRT

Onde: Evento remoto, Zoom.

URL curta: https://tiny.cc/analeo

 URL longa: https://us06web.zoom.us/j/84016145596?pwd=cDhFRlhwemFiMUtUSnlicWtpSE1wUT09

Ambient-Ações: Ambientes epistemicamente potentes para conhecimentos complexos

Ana Teixeira de Melo (CES, Universidade de Coimbra, Portugal) & Leo Caves (Pesquisador independente)

Resumo: Discutiremos a noção de ambientes epistemicamente potentes e seu papel na geração de conhecimentos complexos: possibilidades de ação dinâmicas e em evolução, realizando emergência através da novidade e da surpresa, adaptando e coevoluindo numa ampla paisagem ecológica de potencialidades. Nós revisaremos diferentes maneiras em que ambientes podem ser abordados quanto à organização geral de intervenções tendo como alvo conhecimentos complexos, desde uma perspectiva cognitiva 4-E (Embodied – Incorporada, Enactive – Enativa, Embedded – Embebida e Extended – Estendida, assim como Afetiva). Nós visualizamos Ambientes em geral como paisagens de potencialidade, incluindo processos naturais e sociais. Eles podem ser mais ou menos dados ou construídos, experienciais e sensoriais, abstratos ou concretos. É através da geração de diferenças em ações que entidades particulares e seus próprios ambientes (-mundos) emergem. Dessa maneira, entidades e seus ambientes (-mundos) não são ‘coisas delimitadas’ definidas estaticamente, mas são dinamicamente co-constituídas a partir de uma malha de processos aninhados e em desenvolvimento. Diferentes possibilidades de agir (conhecer) emergem com a organização relacional do acoplamento entre uma determinada entidade e seus ambientes(-mundos). Intervenções em contextos de criação de conhecimento são frequentemente focadas ou nos indivíduos, ou em seus ambientes, ou até mesmo em suas interações, mas menos no processo dinâmico generativo de acoplamento através do qual tanto uma entidade quanto seu ambiente são trans/formados e nos quais processos criativos e abdutivos têm lugar. Desta perspectiva, intervenções na formação de conhecimentos poderiam ser consideradas como práticas de jardinagem: de cuidar, nutrir e mapear relações, em contextos de complexidade significativa e incerteza relativa, explorando seu potencial transformativo. Nós chamamos esse processo, à guisa de tentativa, de jardinagem de ‘Ambienta-ções’ (gardening ´Environ-ings´), assumindo-o como uma abreviação de “Jardinagem da complementaridade Ser~Ambienta-ação”. Nós assumimos que é possível montar ambientes que sejam epistemicamente (mais) potentes através da Jardinagem dessa Complementaridade. Nessa apresentação, especularemos sobre os modos de pensar, as estratégias, as ferramentas, os contextos e os tempos na organização dessas intervenções. Finalmente, discutiremos as implicações para o desenho e o manejo de intervenções na ciência como um contexto de produção de conhecimentos e, em particular, de Inter- e Transdisciplinaridade. Enfatizamos o papel das Ambienta-ções ao alvejarmos processos abdutivos – os processos de descoberta – através de práticas de pesquisa-ação.