Um baile pomposo, um elaborado plano de vingança e algumas mentiras nada inocentes. Estes são os pontos centrais da opereta O Morcego, comédia composta em 1874 por Johann Strauss e um dos produtos do primeiro ano do Laboratório de Ópera da Escola de Música da UFBA, apresentada nos dias 25 e 27 de setembro, às 19h, no Museu de Arte da Bahia.

Trabalho que consagrou Strauss como astro da música na segunda metade do século 19, O Morcego se passa durante uma festa de réveillon e conta a história de Falke, um diretor de teatro que arquiteta uma estratégia para vingar-se do burguês Eisenstein, que um dia fora seu amigo. Após ser abandonado em praça pública por Eisenstein, bêbado e fantasiado de morcego – de onde vem seu apelido –, Falker aproveita-se da vaidade de todos – incluindo o jovem e misterioso príncipe Orlofsky, em cujo baile de fim de ano se passa todo o segundo ato, quando os demais personagens se passam por falsos membros da nobreza – para pôr em movimento a sua desforra, criando uma sucessão de trapalhadas e desencontros, incluindo a prisão de um homem inocente; um patrão sendo feito de bobo pela própria empregada e a corte de um homem a sua esposa sem sabê-la.

Popular no mundo todo, repleta de belas valsas e com muitos trechos famosos, O Morcego será apresentada pela primeira vez pelo Laboratório de Ópera da Escola de Música da UFBA. O espetáculo, fruto do trabalho realizado pelos alunos desde março deste ano, marca também o primeiro ano de atuação do grupo.