Quantas espécies de plantas vivem na Floresta Amazônica, a maior floresta tropical úmida do mundo?  Esta é a questão que será abordada no Café Científico Salvador neste mês de Janeiro de 2018, que terá como convidado Domingos Cardoso, do Instituto de Biologia da UFBA, pesquisador baiano que tem papel central na pesquisa que busca responder essa interrogação tão interessante. O evento com o tema “Pra não dizer que não falei das flores: a diversidade de plantas na Amazônia” acontece no dia 17 de janeiro, às 18:30 horas, no Shopping Paseo Itaigara.

O Café Científico é um local em que qualquer pessoa pode discutir desenvolvimentos recentes das várias ciências e seus impactos sociais. Ele oferece uma oportunidade para que cientistas e o público em geral se encontrem face a face para discutir questões científicas, numa atmosfera agradável. O evento é inteiramente gratuito e não necessita de inscrição. Para mais informações, ligue 71 3283-6568.

Assista Cafés Científicos anteriores online: tinyurl.com/cssalvador

O evento é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA/UEFS, https://twiki.ufba.br/twiki/bin/view/PPGEFHC/WebHome), pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (INCT IN-TREE) e pela LDM – Livraria Multicampi (http://ldmcultural.blogspot.com.br/), em parceria com o Shopping Paseo Itaigara (http://www.paseoitaigara.com.br/) e o Projeto Ciência na Rua (http://ciencianarua.net/).

Maiores informações sobre o café científico de Salvador podem ser encontradas em http://cafecientificossa.blogspot.com

Pra não dizer que não falei das flores: a diversidade de plantas na Amazônia

Domingos Cardoso

(Instituto de Biologia, UFBA)

Quantas espécies de plantas vivem na maior floresta tropical úmida do mundo? Dados básicos sobre catalogação de espécies são fundamentais para tomar decisões sobre estratégias de conservação e uso sustentável, bem como para estudar os processos evolutivos e ecológicos que moldaram a extraordinária biodiversidade da Amazônia. Estudos que objetivam desvendar a origem, evolução e ecologia dessa região hiperdiversa têm sido limitados pela falta de sistematização de informações básicas, como a composição de espécies de plantas que compõem a flora amazônica. Sem uma base científica de catálogos taxonomicamente validados, podemos colocar em risco nossa biodiversidade, patrimônio único e insubstituível, simplesmente por falta de um conhecimento realmente qualificado. Nesta conversa, iremos fazer um passeio pela diversidade de cores e formas de flores da Amazônia, a partir de um novo catálogo taxonômico que reuniu cerca de 14.000 espécies, dentre as quais pelo menos 6.700 são árvores. Revelar estes números e identidade atualizada de todas as espécies não teria sido possível sem as plataformas taxonômicas digitais, a exemplo da Flora do Brasil Online 2020, que representam o esforço de centenas de taxonomistas e o acúmulo de centenas de anos de trabalhos de campo na Amazônia. A publicação da nova lista não significa que a flora amazônica já esteja completamente conhecida. Muitas novas espécies de plantas são descobertas todos os anos, tanto no campo como em herbários e museus, e grande parte da vasta Amazônia continua pouco conhecida ou mesmo inexplorada.